16 de setembro de 2011

Carta a Luiza

Olha, eu estou tentando, mas está difícil sair algo novo. Então recorri a um texto "de gaveta". Noutro tempo; numa dedicatória. Peço licença à homenageada, Luiza, que nasceu um dia antes deste texto, há quase três anos.
É uma homenagem da qual, com a modéstia a escanteio, me orgulho. Com a ajuda do mestre Caetano e, claro, da pequena musa.



Cabedelo, Paraíba, 22 de novembro de 2008
               
Seja bem-vinda, Luiza!

                                                                               “Luz do sol/ Que a folha traga e traduz/ Em verde novo/ Em folha, em graça, em vida, em força, em luz...
                                                                              Céu azul que vem/ Até onde os pés tocam a terra/ E a terra inspira e exala seus azuis...
                                                                              Reza, reza o rio/ Córrego pro rio e rio pro mar/ Reza a correnteza, roça a beira, doura a areia...
                                                                              Marcha um homem sobre o chão/ Leva no coração uma ferida acesa/ Dono do sim e do não/ Diante da visão, da infinita beleza/ Finda por ferir com a mão essa delicadeza/ A coisa mais querida, a glória, da vida...
                                                                              Luz do sol/ Que a folha traga e traduz/ Em verde novo/ Em folha, em graça, em vida, em força, em luz”.

                               Escolhi esta música de Caetano Veloso, que presta homenagem ao nascimento do sol, para dedicar a sua chegada, Luiza. A música canta bonita para mim, como li bonita as linhas que seu pai escreveu te anunciando. O sol, e a sua luz, como logo perceberá, traz a todos, igualmente, força para seguirmos nossas vidas e realizações. Aproveito esta dedicatória, para chamar sua atenção aos olhos, e olhares, – apaixonados – que recebe de seus pais, parentes e amigos: Luiza, “a coisa mais querida, a glória da vida” é “verde novo, em folha, em graça, em vida, em força, em luz”.
                               Alegra-me muito sua chegada, Luiza. O mundo que te recebe, e que te acolherá, precisa de boas pessoas. Nasce você em “berço esplêndido” – como canta o hino da pátria –, sendo filha de Fernanda e Gustavo, tenho certeza que chega para fazer do mundo um lugar mais belo, justo, honesto, agradável; enfim, melhor. Tem em casa excelentes modelos para isso, saiba.


                               Mais uma vez, seja bem-vinda, pequena Luiza. Materializo nestas linhas, meus melhores e mais profundos votos de felicidade, paz, alegria, saúde... Nesta grande sala de aula que é a vida, há espaço para brincar, se divertir e fazer muitos amigos com os quais poderá contar sempre: aqui, atrás destas palavras, tem um.
                               Um grande beijo, com o coração aberto à amizade.